[:br]Novo ano se inicia e com ele a esperança de novos horizontes e conquistas, 2020 já nasceu dando uma pequena amostra nesses primeiros dias.

A correria da vida moderna parece ter sido incorporada pelo novo ano. As mudanças são rápidas e parece que 2020 veio com esse espírito visto que o mesmo mal começou e já aconteceu muita coisa no mundo, então imaginem o que virá pela frente ao longo desse ano.

Ocorre um grande incêndio na Austrália que está consumindo uma grande área do país causando a morte de animais, seres humanos e vegetação. Os incêndios iniciaram em setembro 2019 e persistem até agora com a fumaça já atingindo até mesmo a América do Sul.

Assistimos já nessa primeira quinzena do ano uma crise no oriente médio que agitou o mundo e gerou uma crise generalizada, pondo o mesmo em compasso de espera com o desenrolar da crise, devido as cotações do petróleo que afetam diretamente as economias dos países ao redor do globo.

A aproximação do acordo comercial entre Estados Unidos e China reduzindo a tensão entre os dois gigantes da economia, deverá proporcionar um pouco de tranquilidade ao mercado externo global amenizando as tensões e estimulando os investimentos das empresas que havia caído em 2019. O receio é que pode afetar o mercado internacional de commodities, principalmente no complexo da soja e carne podendo refletir nas exportações do agronegócio no Brasil.

Verificando o resultado das exportações brasileiras em 2019 não foram muito animadoras, registrou uma queda de 6,4% tendo o menor superávit desde 2015 impactado principalmente pela crise na Argentina que apresentou um recuo nas importações de produtos brasileiros na ordem de 34,9%.

No estado do Rio Grande do Sul, o ano de 2020 começou com uma estiagem onde as perdas nas lavouras de milho já atingem 30% da área plantada, a soja também já começou a sentir os efeitos comprometendo seu desenvolvimento.

As pastagens também sentem a restrição hídrica e os ganhos de pesos estão abaixo do ideal. Na pecuária leiteira o período de verão é crítico, pois os desafios são altos, os animais sofrem com stress térmico que já afetam a produção e reprodução, além das pastagens não apresentarem seu desenvolvimento ideal proporcionando uma massa verde de baixa qualidade.

Verificamos nessa primeira quinzena do ano diversos acontecimentos que poderão ou não afetar a nossa atividade produção de leite, entretanto todas as viradas de ano nos trazem esse sentimento de renovação que creio ser muito saudável para que todos definam suas metas. Em relação com mercado, despertar a atenção para os sinais emitidos através de relatórios ou reportagens, para antever decisões importantes para que possamos minimizar os danos para nosso negócio.

Especialistas econômicos apostam numa recuperação do Brasil principalmente no mercado interno, com aumento do consumo das famílias que por sinal já foi responsável pelo pequeno crescimento do terceiro trimestre de 2019 em vendas fazendo assim, a roda da economia a girar.

O Brasil se encaminha no plano econômico aos poucos para uma recuperação efetiva. A taxa de juros baixa já demonstra essa intenção assim como as reformas já realizadas e demonstra o comprometimento com equilíbrio da economia.

A população sente ainda os reflexos da crise principalmente pela falta de oportunidades de emprego. A informalidade cresceu muito nesses últimos anos, o que gera uma certa intranquilidade ao cidadão, pois não há certeza de rendimentos assim travando novos investimentos e deprimindo o consumo.

Esperamos que o ano de 2020 seja o ano da virada, destravando a economia e recolocando o Brasil no caminho do crescimento. Que tenhamos paciência e sabedoria para conseguir atingir nossos objetivos e seguirmos em frente pra planejar o próximo ano.

Feliz Ano Novo e excelente lactação a todas as fazendas!

 “A paz vem de dentro não procure fora”. (Sidarta Gautama)

Lissandro Stefanello Mioso-CRMV/RS 8457

Médico Veterinário/Consultor Técnico Comercial[:]

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